Experiências tântricas buscam despertar o entendimento de nosso prazer, emoções e sentimentos
Quando se fala em tantra, a primeira ideia que vem à mente é de uma sessão de massagem repleta de orgasmos ou de uma forma diferente e mais prazerosa de ter relação sexual. É fato que o tantra possibilita uma sexualidade saudável, sem culpa, repleta de prazer (afinal o corpo todo é orgástico) e descobertas incríveis consigo mesmo e com o outro. Mas vale lembrar que o tantra vai muito além disso. Observa-se que aqui no ocidente, tantra passou a significar “tudo sobre sexo” ao invés de “incluir a sexualidade”.
“O tantra é uma filosofia, uma nova forma de olhar a vida como um entrelaçamento entre tudo o que existe. É uma ferramenta amorosa de autoconhecimento, que nutre de dentro para fora e conecta o ser humano com o divino que é. Pode-se dizer que é um caminho de aprendizado equilibrando o individual e o coletivo. Portanto, é conhecer a si mesmo para evoluir e transcender. O tantra é terapêutico e cuida das questões físicas e psicológicas que, conscientes ou não, são decorrentes de emoções e traumas não resolvidos. “Desde disfunções sexuais até questões como insegurança e autoestima, ou seja, tudo o que se vive, pode ser trazido como pontos importantes para uma sessão tântrica ”, conta Nanda Cunha, doutora em educação, com ênfase em estratégia de enfrentamento. Terapeuta tântrica, com formação no Brasil e vivência na Índia, há cinco anos Nanda ajuda mulheres a se curarem de traumas físicos, emocionais e a se reconectarem com seus corpos e sua energia feminina.
Segundo Nanda, a terapia tântrica não é indicada apenas para a dificuldade de ter orgasmo, ou pela busca de orgasmos mais potentes, mas também para trazer novo significado para a relação com o próprio corpo, com a sexualidade; para trabalhar posicionamento, segurança, coragem e autoestima, relações afetivas e sociais, sonhos, carreira, negócios, finanças, saúde e claro, para potencializar a capacidade de ter prazer. “A maneira como você usa a energia sexual afeta todas as áreas da vida. A energia sexual é muito poderosa, mas também subestimada. As pessoas, em geral, ignoram o alcance que ela tem, considerando-a algo menor, que deve ser usada apenas para o sexo. Durante a terapia, essa energia é conduzida pelos chacras (principais pontos de energia do organismo). Com isso, a pessoa desperta regiões do corpo “adormecidas” para novas sensações. Além do impacto físico, as sessões também podem fazer com que a pessoa entre em contato com traumas que estavam adormecidos. Isso é curativo e libertador”.
O tantra é uma filosofia trazida por grandes mestres espirituais do oriente, inclusive anterior ao hinduísmo (religião indiana), que tem como objetivo o desenvolvimento integral do ser humano nos seus aspectos físico, mental e espiritual. Faz parte do tantra a ativação da kundalini, energia sagrada da vida, por meio da meditação, respiração e sexualidade.
Massagem tântrica
A massagem é uma ferramenta para atingir esse lugar de conexão com a sua verdadeira essência e com o divino. É fazer com que a pessoa aprenda a ter prazer por ela própria, como um caminho de empoderamento. A maioria das pessoas tem bloqueios. Eles podem ser de natureza física, emocional, mental, sexual ou psicossomática, e a causa raiz pode variar de pessoa para pessoa. Eles podem vir de hábitos e experiências repetitivas do dia a dia ou de uma memória ou evento doloroso que se acumula ao longo dos anos.
De acordo com a terapeuta, o tantra diz que todas as vezes que colocamos o nosso corpo onde ele não quer estar, ele registra como abuso. “Todas as vezes que transamos sem vontade, que fazemos sexo sem qualidade e afeto; as vezes que não conseguimos expressar uma ideia ou opinião e tantas outras coisas que vivemos no nosso dia a dia e “achamos” que é natural. Não, não é! Portanto, temos muitos abusos registrados no corpo que precisam ser tratados no próprio corpo”, afirma Nanda.
Para quem segue o tantra, a kundalini, em seus primeiros estágios (físico e emocional), manifesta-se como energia sexual e, em seu último estágio (o mental), como consciência plena. Exatamente por tratar o corpo como algo sagrado, que merece respeito, e o ritual sexual como uma prática espiritual, que visa atingir a expansão da consciência.
“Eu só atendo mulheres com a massagem; no entanto, quando o casal tem interesse, consigo fazer o atendimento terapêutico com o casal. Nesse caso, faço a massagem na mulher e ensino esse homem a fazer a prática nela. Depois, com o auxílio de uma prótese, ensino a mulher a fazer a massagem no homem. Essa troca permitirá uma maior conexão entre o casal, tanto física quanto emocional. Isso melhora não apenas a qualidade do prazer físico, mas principalmente a conexão e a parceria desses indivíduos”, revela Nanda.
Segundo a terapeuta, existe uma procura grande de mulheres casadas para a massagem. “Atendo muitas mulheres casadas que nunca tiveram um orgasmo. Muitas não gostam de sexo e só o fazem para cumprir o protocolo do casamento. Outras porque sentem que a relação “esfriou”. Há aquelas que querem trazer algo diferente e melhorar ainda mais o que já está bom. Durante a terapia, muitas vezes, descobrimos registros de crenças ligadas ao prazer e à sexualidade feminina como um bloqueio para o relaxamento dessa mulher durante o ato sexual. Fazemos toda uma parte terapêutica de conversa antes de ir para a massagem; isso ajuda muito na liberação de bloqueios e crenças. Depois, quando essa mulher se sente mais confortável e segura, partimos para a massagem com o toque físico”, conta.
Além do tantra, Nanda Cunha tem outros trabalhos terapêuticos como mentorias, cursos e mesas de conversas. Todo o trabalho da Nanda tem como objetivo ajudar as mulheres a se tornarem mais potentes, femininas, corajosas e livres na sua vida pessoal e nos seus negócios.
Mais informações:
(43)98810-5424 (Whatsapp)
@nandacunhaterapeuta (Instagram)
Por Talita Ôrìani