Apesar de parecer assustador para a maioria das pessoas, a introdução do veneno de abelha no nosso organismo pode promover respostas imunológicas positivas

A base do trabalho terapêutico da apiterapia é a utilização de vários produtos das abelhas – como mel, pólen, própolis e geleia real -, mas, o principal deles, é o veneno de abelha. A apiterapia é conhecida há mais de 100 anos e, desde 2018, foi incorporada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Práticas Integrativas e Complementares (PICS) como terapia alternativa.

O objetivo da apiterapia é fazer com que o organismo produza substâncias de defesa para fortalecer a imunidade. Existem diversos estudos mostrando que esse método é eficaz, especialmente no tratamento de dores, doenças autoimunes, de pele, das articulações, gripes e do sistema imunológico.

Segundo Vanessa Arantes, fisioterapeuta e especialista em apiterapia há oitos anos, formada pela escola internacional de apiterapia, o tratamento é recomendado para adultos e crianças, a partir dos dois anos de idade, desde que não tenham alergia ao veneno da abelha. “Considero alergia o fechamento de glote; caso contrário, não. O inchaço, a coceira ou algum sintoma desse tipo que algumas pessoas apresentam, consideramos uma reação normal do organismo”, explica. Para saber se a pessoa tem uma reação alérgica de fechamento de glote, é feito um teste na hora, com a picada de abelha; em 20 minutos a especialista já sabe se vai ter fechamento de glote ou não. Caso ocorra, ela tem todos os procedimentos para reverter o quadro e não causar nenhum dano ao paciente. Outra contraindicação é para portadores de marca-passo.

Segundo a especialista, o principal objetivo do tratamento é orientar o organismo a superar suas próprias barreiras de defesa imunológica, por meio de uma estimulação apropriada. “Essa terapia é muito indicada para as doenças autoimunes (lúpus, fibromialgia, artrite reumatoide, doença de crohn), pois a picada vai equilibrar o sistema imune e vai sinalizar onde ele precisa equilibrar e restaurar. Além disso, a apiterapia atua com muitos resultados positivos nos casos de hemorroida, diabetes, artrose, dores nas costas, lombares, cervical, ciático e desgastes de articulação em geral”, comenta.  A técnica também tem se mostrado muito eficaz nas questões estéticas. “Com a picada ocorre a estimulação do colágeno, da elastina e do ácido hialurônico; o próprio organismo começa a produzir. A melhora é incrível. Outro ponto com bons resultados é a redução da queda de cabelos e o crescimento de cabelos. Tenho pacientes com início de calvície que têm resultados maravilhosos”, revela Arantes.

De acordo com a terapeuta, o ferrão tem compostos com propriedades de anti-inflamatório, analgésico, antibiótico e corticoide.

As sessões são rápidas, duram cerca de cinco minutos. A partir da quarta sessão, já se percebem grandes resultados, mas tem muito paciente que em uma sessão já resolve o problema. Geralmente, é recomendado fazer uma sessão por semana. O preço de cada sessão é R$150,00.

Mais informações:

Vanessa Arantes – (43) 99956-6784

Instagram – @apiterapialondrinadravanessa

 

Por Talita Ôrìani